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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Bom Natal e bom 2013


Postal de Natal - G. F. A. Ramo Grande


Postal de Natal - Naturales



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Tragédia com turista pode despromover a ilha

O início das touradas à corda na ilha Terceira perdeu-se na memória dos tempos. É uma tradição que tem passado levemente incólume a adjetivos como "barbárie", "crueldade" ou "atrocidade", entre outros. O que é facto é que as touradas à corda são efetivamente muito distintas das touradas de praça, e os atores em presença, também são completamente diferentes. Sendo assim, justifica-se ter como objeto de estudo a tourada à corda, pois a ela estão hipoteticamente associados benefícios económicos, não devidamente contabilizados, benefícios ambientais de preservação de espécies, também não devidamente calculados, para além do interesse turístico, ainda não mensurado.
As touradas à corda como atividade cultural são frágeis, porque estão sujeitas a juízos morais e a acontecimentos imprevisíveis, o que as tornam especialmente vulneráveis em termos de continuidade. Basta haver um acidente grave com um turista que não foi devidamente esclarecido para que ocorra a despromoção turística da ilha e como tal, originar prejuízos económicos.

Todos assumimos que a exposição ao risco físico na tourada à corda é voluntário, mas é necessário um melhor entendimento das opiniões, do conhecimento e das percepções de risco dos vários participantes nas touradas à corda, para se gerar uma mensagem de risco adequada e eficaz, tanto para os turistas como para os locais, de modo a que sejam corrigidas atitudes e comportamentos de todos os que nela participam. Ora, como afirmam alguns autores, as "abordagens que se focam essencialmente na percepção do perigo e nas representações mentais dos riscos, ajudam a perceber a capacidade que as populações têm de anteciparem e de lidarem com o risco", e isso é importante, pois é em larga medida com base nestas questões de carácter intersubjetivo que as pessoas tomam decisões susceptíveis de as colocarem numa situação de maior ou menor exposição aos perigos. Para os turistas por exemplo, à semelhança do que acontece com os americanos instalados na Base das Lajes, há necessidade de comunicar eficazmente o que é uma tourada à corda, com vista a controlar o risco e a coloca-lo claramente no domínio das liberdades individuais, ou de outro modo, que a exposição ao risco seja informada e voluntária. Assim sendo, a Comunicação de Risco deverá ser um processo interativo e deliberado de troca de informação sobre riscos e dirá respeito à sua natureza, gravidade e aceitabilidade. É nesse contexto que a tese de mestrado em apreço aparece.
 

Capinhas são quem tem mais perceção do risco

Os capinhas são os que mais perceção têm do risco que correm numa tourada à corda, mas isso não os impede de enfrentarem o toiro. As diferentes noções de risco neste cenário estão no centro de uma tese de mestrado em Engenharia do Ambiente, assinada por Carina Mendonça, no âmbito da Universidade dos Açores.
De acordo com a tese, o público é o que se sente mais seguro: "Contrariamente aos capinhas, o público é o grupo que está menos exposto ao risco, e que por sua vez percecionou riscos menos elevados, tendo havido
por parte destes uma negação de risco. Esta negação faz com que seja um grupo com perceções atenuadoras de risco, crendo-se haver aqui, uma grande influência cultural na perceção de risco das touradas à corda".
Religião e cultura são algumas das bases da coragem dos capinhas. "A perceção de risco dos capinhas parece ser afetada pela cultura, religião, baixa autoestima e valores morais e ambientais, que no seu conjunto originam comportamentos baseados na aceitação do risco. No caso das elevadas representações religiosas dos capinhas, parece haver o domínio do risco pelo sagrado. Associada à perceção de risco dos capinhas, está a valorização afetiva do animal", pode-se ler.
Carina Mendonça considera que a posição mais fácil de explicar é a do público e a mais complexa a dos capinhas. "Verificou-se que, quanto maior o grau de exposição/vulnerabilidade dos grupos ao risco das touradas à corda, maiores foram as perceções de risco. Associadas às perceções de risco mais elevadas, pareceram estar a boa visibilidade e aceitação desses riscos. O facto de haver por parte do público uma atenuação de risco, pressupõe que possam existir comportamentos, que colocam impedimentos ao curso de ações preventivas mitigadoras desse risco", sustenta a tese de mestrado.
Em conversa com o DI, Carina Mendonça resumiu: "Quanto maior é a exposição ao risco, maior perceção existe. No caso do público, por conseguir escolher o nível de exposição ao risco, provavelmente esta não é uma preocupação acentuada".
 
Ganadeiros e pastores
A tese de mestrado foca também a perceção do risco em grupos como os pastores e os ganadeiros.
"No caso dos ganadeiros, a perceção de risco pareceu ser afetada pela elevada autoestima, fatores económicos, culturais e familiares. Este grupo omite o risco e atenua o risco, a que os outros estão sujeitos. Também neste grupo se verificou a existência da valorização afetiva do animal", escreve Carina Mendonça.
Já no caso dos pastores "a cultura e a existência de uma profissão de risco, no que diz respeito à lide do touro no pasto, são fatores que parecem alterar a perceção".
Segundo Carina Mendonça "estes percecionaram riscos mais elevados, conforme estivessem mais vulneráveis a esse risco (maior perceção de risco na lide do touro no pasto, do que na lide do touro durante uma tourada a corda), havendo por parte dos pastores, uma atenuação do risco dos outros intervenientes na festa e uma amplificação do risco pessoal".
Os turistas
Carina Mendonça acredita que o forte enraizamento das touradas à corda na cultura terceirense pode levar a uma desvalorização dos perigos. "Provavelmente por isso, a informação sobre o risco físico inerente às touradas à corda seja assunto colocado para segundo plano. Refira-se, por exemplo, que a morte acidental de um turista, por falta de informação sobre o que envolve a festa, mais precisamente o risco a que se submete, poderá ter impactos muito negativos em termos de promoção turística da ilha", argumenta.
A aluna da Universidade dos Açores sustenta que, "neste contexto, uma informação de risco acoplada à visão tradicional do que a tourada oferece seria uma mais-valia para a 'festa brava' e para a promoção da ilha no estrangeiro do ponto de vista turístico, admitindo que estas atividades continuarão a ser socialmente aceites".
Estratégias
A tese de mestrado sugere várias estratégias informativas no campo do risco associado às touradas à corda. "Deve ser transmitida, essencialmente a turistas, informação que clarifique o risco inerente às touradas à corda, focando: riscos físicos (risco de morte, risco de ferimentos e risco de invalidez); riscos de perdas de bens (risco de danos em automóveis, em habitações, outros danos materiais) ou fatores que contribuem para o aumento do risco físico (desconhecimento da tradição e da opulência do touro, distração, embriaguez, ruído, pânico, lançamento de foguetes, resíduos abandonados, elevada concentração de pessoas, exposição/vulnerabilidade)", avança o texto.
Seria necessário "destacar o facto de não existirem garantias de segurança numa tourada à corda, pois apesar dos esforços dos intervenientes, todos estão perante um animal bravo, o qual é difícil de controlar".
"Essa informação pode ser veiculada pela televisão, pelos jornais, revistas, internet ou em panfletos informativos distribuídos nos limites dos arraiais num dia de tourada, oferecendo aos que desconhecem o evento a ideia do que pode encontrar numa tourada e as precauções a tomar", afirma Carina Mendonça.
Do ponto de vista da autora da tese de mestrado, "seria pertinente também estudar questões relacionadas com a valorização económica das touradas à corda e investigar a função do touro numa perspetiva de gestão e conservação da natureza".
De acordo com Carina Mendonça, a anterior falta de estudos que analisassem a perceção de risco nas touradas à corda e a importância que este fenómeno cultural tem no espaço terceirense e também açoriano conduziram à realização deste estudo.~
 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Adalberto Belerique - "...existe o custo da insularidade a limitar-nos"

Adalberto Belerique, cabo dos Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, fez um balanço de temporada ao Taurodromo.com.

Adalberto Belerique é o cabo do Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense desde 2001. Na temporada de 2013 o grupo completará 40 anos de actividade.

 Taurodromo.com (T) - Como considera que correu a temporada 2012 para o grupo?
Adalberto Belerique - O balanço desta temporada é francamente positivo para o Grupo. Tivemos 11 actuações, 8 nos Açores, 2 no continente e 1 no estrangeiro. Em todas elas, tivemos boas prestações e mostrámos coesão e maturidade. Temos noção que temos Grupo para mais, no entanto existe o custo da insularidade a limitar-nos.

T - Pegaram um total de 10 corridas, certo? Quais os melhores e piores momentos do grupo na temporada 2012 que gostaria de destacar?
Adalberto Belerique - Actuámos por 10 vezes em Portugal e uma no estrangeiro, mais propriamente no Canadá. Pela positiva, destacaria todas as corridas em que participámos, pela forma como as encarámos, e pelo ambiente de União com que foram vividas. Uma jornada especial, foi sem dúvida a viagem ao Canadá, pela forma como fomos recebidos e acarinhados, e também pelo compromisso que representou, pois pegámos toiros com idade e trapio, sem levarem qualquer ferro. Pela negativa, na minha opinião estão as lesões, que as houve.

T - Qual ou quais a(s) ganadaria(s) que o grupo mais gostou de pegar na temporada 2012?
Adalberto Belerique - Gostamos de pegar todas as que nos calham em sorte. Existem algumas que à partida impõe mais respeito, mas também existem por vezes surpresas, tanto pela positiva como pela negativa.

T - Neste defeso, há possibilidade de rumarem ao estrangeiro para pegar?
Adalberto Belerique - Existe essa possibilidade, e estão a ser delineados os pormenores de duas deslocações ao estrangeiro. Estas acontecerão na próxima época, a do nosso 40º aniversário. Se tudo se confirmar, os destinos serão México e França.

T - 2012 foi mais uma temporada sem bandarilhas de segurança. Como vê o permanente adiar da entrada em vigor do novo regulamento taurino?
Adalberto Belerique - Penso que é uma questão política, e por isso mesmo, e infelizmente, nos ultrapassa um pouco. No entanto, estamos no defeso que antecede mais uma época, e penso que deverá haver pressão de todos nós intervenientes da Festa, junto de quem de direito, no sentido de exigir a entrada em vigor do mesmo.

Amadores do Ramo Grande distinguidos com prémio "Sortes de Gaiola"


O grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande foi distinguido com o prémio "Melhor Grupo de Forcados" atribuído pelo blog taurino "Sortes de Gaiola" da responsabilidade de João Cortesão.

Segundo o referido blog, o galardão justifica-se por:

"Este grupo começou a temporada ganhando o prémio das Cernelhas na festa do Forcado no Campo Pequeno, que lhe deu a oportunidade de se apresentarem na 1ª praça do País, onde tiveram uma noite redonda, pegando os três toiros à primeira Tentativa.

O resumo que se segue, retrata a época deste Jovem grupo Açoriano, que se distinguiu em pegas como a que postamos de seguida.


1ª Corrida Lux Campo Pequeno 3 pegas á primeira tentativa

2ª Corrida Gala Turlock (E.U.A.) 4 Junho

3ª Feira de S. João Sanjoaninas 23 Junho, Concurso Ganadarias

4ª Corrida Mista (Sanjoaninas) 24 Junho

5ª Corrida S. Jorge 7 Julho

6ª Corrida das Festas da Praia 6 Agosto

7ª Feira da Graciosa 11 Agosto

8ª Feira da Graciosa 13 Agosto

9ª Campo Pequeno 23 Agosto - Corrida Lux - Um toiro à 1ª e outro à segunda

10ª Festival Nuno Carvalho (beneficência) 21 Outubro"

Fonte e fotos: "Sortes de Gaiola"

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

G.F.A.T.T.T. encerra temporada com convívio


No próximo Sábado, dia 17 de Novembro, os Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, juntarão toda a Família do Grupo, bem como apoiantes e simpatizantes, no tentadero das Doze Ribeiras, para a festa de encerramento da época.

Haverá treino do Grupo, repasto e o apetecido convívio entre as várias gerações que fizeram História ao longo dos seus 39 anos de existência. 

Existirão ainda vacas reservadas para os simpatizantes do Grupo que queiram aventurar-se a experimentar a nobre arte de Pegar Toiros.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Dressage - João Nogueira campeão nacional

O terceirense João Nogueira, de 13 anos, sagrou-se, pela terceira época seguida, vencedor do Campeonato de Portugal de Dressage, evento que teve como palco o Campo Grande.
O cavaleiro, que montou Zelo do Ilhéu, classificou-se em primeiro lugar nos três dias de prova na classe de juvenis, em que marcaram presença mais seis atletas, obtendo a média final de 67.15.
Anteontem, foi homenageado pela Câmara Municipal da Golegã, no âmbito da Feira do Cavalo, com o Prémio Excelência.

Registe-se que, em 2010, primeiro ano em que participou em competições, João Nogueira havia sido campeão nacional de iniciados, montando Caramelo. Em 2011, já em juvenis, ganhou o nacional, montando Urano.

domingo, 11 de novembro de 2012

Festa brava de luto


Faleceu ontem, dia 10 de Novembro, o ganadero terceirense Francisco Gabriel Ourique, proprietário da ganadaria com o mesmo nome. O ganadero que residia no Posto Santo tinha 47 anos tendo começado a lidar com toiros aos 16 anos de idade. Mais tarde, com 18 anos iniciou-se como Pastor de Corda na ganadaria de José Albino Fernandes, tendo também sido maioral da ganadaria de Eliseu Gomes. Em 1994 iniciou-se nas lides ganaderas ao fundar a sua própria ganadaria. O seu desaparecimento repentino apanhou de surpresa toda a aficion terceirense. Envio à família enlutada as mais sentidas condolências.

Bruno Bettencourt
Foto: Luis Brum

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ganadaria Francisco Sousa - entrevista




Fundada em 1927, a Ganadaria Francisco de Sousa (Cadelinha), a mais antiga da Ilha Terceira, com o ferro FS e divisa verde e lilás, é uma exploração agrícola familiar que sempre se dedicou à criação e maneio de gado bravo da terra, bem como gado leiteiro.
Desde algum tempo a esta parte esta exploração agrícola vem sendo gerida pela filha Laura de Sousa, que tem posto toda a sua aficion, saber, grande dedicação e novas ideias no que toca principalmente ao gado bravo. Foi ela que levou o pai a mudar de ideias, já que só a partir de 1997 é que a ganadaria passou a ficar com alguns novilhos para serem corridos à corda, uma vez que até aí os produtos da criação de gado bravo eram vendidos a outras ganadarias.
Com a ajuda do marido, Paulo Dias, que é o maioral, dedicando-se a tempo inteiro ao maneio de todo o gado bravo e leiteiro, Laura de Sousa, levou a família a aceitar que recentemente tomasse a decisão arrojada e única no historial da quase centenária ganadaria, de adquirir do continente vinte vacas de ventre e dois sementais de lide, cujas crias se destinarão, dentro de três ou quatro anos, a corridas de praça.
Mas, para mais detalhes, a seguir registamos o que nos disse Laura de Sousa sobre o assunto:

DIGA-NOS ALGO SOBRE A ORIGEM E LINHA DESTES ANIMAIS?
Em Abril de 2011 a nossa ganadaria adquiriu animais de raça brava de lide oriundos da ganadaria Engº Ruy Gonçalves. A aquisição destes animais é um sonho tornado realidade e uma aposta no melhoramento genético, neste processo demorado e minucioso como é a criação deste animal magnífico: o toiro bravo.
Deste lote de vacas cerca de metade têm origem Pinto Barreiros por via do Dr. António Silva (Coruche)  e de Oliveira Irmãos, através de animais de José Pedrosa, Visconde das Fontaínhas, David Ribeiro Telles e da própria ganadaria Oliveira Irmãos.
A outra metade são de origem espanhola já que nos anos noventa adquiriram uma ponta de vacas a D. Adelaida Rodriguez Garcia, de Salamanca, originárias da mais pura linha Lisardo Sanchez, ou seja, encaste Atanásio Fernandez. Esta linha é a que mais domina e caracteriza o efectivo adquirido ao Eng.º Ruy Gonçalves facto evidenciado pelo excelente trapio das vacas e do semental agora adquiridos. Este sangue está muito próximo do das mais cotizadas ganadarias da região de Salamanca tais como: Los Bayones, Puerto de San Lorenzo e Valdefresno e ainda da ganadaria sevilhana de Dolores Aguirre.
Em Outubro de 2011, a nossa ganadaria adquiriu ainda outro semental desta vez à Ganadaria São Torcato, no qual se depositam fundadas esperanças pelo sucesso já obtido na Ganadaria Eng.º Ruy Gonçalves, com a introdução de sementais deste mesmo encaste.

DESTE LOTE DE VACAS JÁ NASCERAM CRIAS NA TERCEIRA?
Curiosamente uma bezerra nasceu durante a viagem, a bordo do navio "Corvo", daí ter sido baptizada com o nome de "Corvina". Até agora, contando com as crias que vieram com as vacas e as que nasceram cá, temos um total de vinte e três crias, das quais já ferrámos onze, e, se todas vingarem, já temos uma dúzia para ferrar em 2013.

NA ALTURA DEVIDA, OS TOIROS, NASCIDOS OU POR NASCER, DESTE LOTE DE LIDE, SERÃO APENAS DESTINADOS À PRAÇA?
É esse o nosso objectivo. Esta aquisição foi uma aposta, tanto em quantidade mas sobretudo em qualidade, e será, pensamos nós, uma mais valia à festa de toiros, que tão bem caracteriza a nossa terra, e que decerto teremos oportunidade de apresentar. Acho que é sempre de salutar boas iniciativas com o intuito de melhorar e dignificar a criação do toiro bravo. Foi o que, pelo menos, tentámos fazer, no entanto é apenas o início de outra etapa, sempre trabalhosa e arriscada, pois veja bem: quando um toiro de quatro anos sai à praça, é nada mais nada menos o resultado de uma decisão tomada pelo ganadero há cinco anos atrás! Na criação de gado bravo, quer se destine à praça ou à corda, o objectivo é sempre a bravura, no geral, e atendendo a certas especificidades, consoante o tipo de lide, em particular, mas em ambos os casos são muitos anos, muitas adversidades, muitos sustos, muitos Invernos até ter o novilho/toiro pronto a ser lidado. Daí que, quando o resultado apresentado não corresponde às expectativas do ganadero não há desilusão maior, mas também quando corresponde ou até mesmo supera, não há maior satisfação.

QUANTAS CABEÇAS DE GADO BRAVO POSSUI ACTUALMENTE E ONDE PASTA TODO ESTE GADO BRAVO E O DE LEITE?
A nossa exploração anda à volta das cento e vinte e cinco cabeças de gado, bravo e leiteiro, em 720 alqueires de terra. Felizmente, a maior parte concentra-se no Pico da Bagacina, terreno pertencente à família, o que facilita imenso o maneio do gado bravo.Como já referi, gado bravo de lide temos quarenta e cinco cabeças distríbuidas da seguinte forma: vinte vacas de ventre, dois sementais e vinte e três crias das quais sete são machos e dezasseis fêmeas. Gado bravo dos Açores temos sessenta e cinco cabeças: vinte e cinco vacas de ventre, dez toiros corridos, doze novilhos puros para 2013 e as restantes são bezerros e bezerras.

TEM ALGO MAIS A ACRESCENTAR?
Aproveito a oportunidade para agradecer a todos quantos nos ajudam, tanto no trabalho de campo, nas touradas, bem como na realização dos nossos projectos. Agradeço esta conversa que tivémos, pois é sempre um prazer falar de toiros e uma oportunidade de falar acerca dos objectivos da nossa ganadaria. Além disso, a festa de toiros precisa que continuem a defendê-la e a enaltecê-la, principalmente de ataques de pessoas que desconhecem por completo toda a sua envolvência, e que a descrevem sem qualquer fundamento e nem correspondendo à realidade.

Entrevista realizada por José Henrique Pimpão
Fonte e fotos: Diário Insular

Pónei da Terceira na Golegã

Três anos depois da estreia, o pónei da Terceira volta à Golegã, para marcar presença na XXXVII Feira Nacional do Cavalo, que se iniciou no passado dia 2 e termina no dia 11 de Novembro.  Ao todo, viajaram até ao Continente doze póneis, bem como as crianças que os costumam montar e restante comitiva.
O pónei da ilha Terceira tem direito ao seu próprio dia, que será sexta-feira, dia 9 de Novembro.


Paulo Caetano Ferreira, Presidente da Associação de Criadores e Amigos do Pónei da Terceira recordou, em entrevista ao jornal "Diário Insular", a primeira passagem desta raça por aquele certame: "Quando lá estivemos, há três anos, o pónei despertou um entusiasmo enorme. A definição de pónei é um cavalo que tem menos de 1,48m ao garrote. De maneira que, como ele tem menos do que isso, é um pónei. Agora, quando pensamos num pónei, vem à ideia aquela figura atarracada... Quando viram aquele lusitano em miniatura a desfilar, ficaram de boca aberta".

Do ponto de vista de Paulo Caetano Ferreira, os moldes do convite para levar o pónei à maior feira de cavalos do país revelam o interesse que este desperta. "O presidente da Feira Nacional do Cavalo convidou o pónei da Terceira para estar presente, mas não num dia qualquer e sim na sexta-feira, que é o dia nobre da feira. Isso é uma grande honra e uma oportunidade tremenda", sustentou.

Fonte e foto: Diário Insular

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Ciclo de Tentas Comentadas este fim-de-semana


O Ciclo de Tentas Comentadas, que foi adiado no início deste mês devido às condições atmosféricas, realizar-se-á nos próximos dias 27 e 28 de Outubro.
Recorde-se que para o primeiro dia foi escolhido o Tentadero das Doze Ribeiras, estando o início marcado para as 17h00. No segundo dia de Ciclo, irão acontecer duas tentas: pelas 11h00 terá início uma primeira avaliação no Tentadero de Sta. Bárbara, encerrando-se o dia, pelas 17h00, na arena da Praça de Toiros "Ilha Terceira".
Além da tradicional avaliação no Capote, Cavalo e Muleta, este ano os aficionados poderão ainda assistir a uma demonstração/treino de Toureio Equestre e de Pegas.
Desempenharão função os matadores Manuel Escribano e Agustín de Espartinas. Os picadores de serviço serão Simão Neves e José "Faveira".  Estarão ainda presentes os Cavaleiros Tiago Pamplona, Rui Lopes e João Pamplona, assim como os Grupos de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense e do Ramo Grande. Os comentários ficarão a cargo do crítico taurino Maurício do Vale.
Bruno Bettencourt

domingo, 21 de outubro de 2012

Festival de Beneficência - crónica


Apesar do pouco mais de meia casa registada, os terceirenses disseram “presente” no Festival de Beneficência realizado na Praça de Toiros “Ilha Terceira”. Mesmo à distância, a gente da ilha, habituada a combater adversidades, mostrou o seu apoio ao Forcado Nuno Carvalho.
Em Angra do Heroísmo estiveram os artistas locais. Os Cavaleiros Tiago Pamplona, Rui Lopes e João Pamplona, os Bandarilheiros Rogério Silva, Rui Silva, José Leonardo, Jorge Silva, Roberto Sacramento, Diogo Coelho e Vasco Lima, os Forcados Amadores dos grupos da Tertúlia Tauromáquica Terceirense (GFATTT) e do Ramo Grande (GFARG). Todos contribuíram com a sua arte para esta causa nobre. Se colaboraram os artistas, também colaboraram as casas ganaderas de Gabriel Ourique (GO), Duarte Pires (DP), Assunção Coimbra (AC), Rego Botelho (RB), Francisco Sousa (FS) e Herdeiros de Ezequiel Rodrigues (ER).

Antes do início das lides, minuto de silêncio em memória do Engº Joaquim Grave e palavras de José Pires da Costa, cabo-fundador dos Amadores do Aposento da Moita, que em nome de Nuno Carvalho agradeceu o contributo de todos os presentes.

Tiago Pamplona abriu praça com uma boa lide frente ao nº45 de GO. O novilho cumpriu, apesar de por vezes se defender nas tábuas. O Cavaleiro consentiu alguns toques desnecessários na montada de saída, no entanto percebeu bem o oponente e ligou-se a ele com bregas cingidas agarrando o seu interesse. Esteve corretíssimo nas cravagens, destacando-se o seu primeiro ferro curto, ao estribo. O nº82 de RB mostrou bons modos no início da lide, no entanto foi perdendo ímpeto, acabando por se parar na final da lide. O Cavaleiro da Quinta do Malhinha procurou, uma vez mais, andar ligado com o novilho numa lide que resultou sem história, não suplantando a sua primeira e boa actuação.

Rui Lopes teve pela frente o nº114 de DP. O novilho era bonito nas formas. Pecou pela falta de força demonstrada e, apesar de não comprometer o desenrolar da lide, andou reservado tardando na investida. Lopes, após um início de lide hesitante, foi crescendo e entendendo o comportamento do novilho, dando-lhe vantagens na preparação das cravagens. Lide agradável mas sem romper. O segundo do seu lote, nº68 de FS, era colorau com olho-de-perdiz, mas também era distraído, andarilho e procurando em demasia uma forma da sair da arena. Diante das complicações apresentadas, o Cavaleiro da Ribeirinha foi desenvolvendo a lide possível sem nunca conseguir dar a volta ao oponente. Apesar do esforço, fica a sensação que a lide terá sido prolongada para além do necessário. Nota positiva para o quarto ferro curto cravado no corredor de dentro.

A João Pamplona, calhou o nº76 de AC. Um bom novilho que apesar dos seus 3-4 anos apresentava um tamanho que se destacou em relação aos restantes. Novilho sério a investir de pronto. João andou algo inconstante na cravagem comprida, mas virou a página e foi crescendo na cravagem curta. Boa lide marcada pela sua forma irreverente que aos poucos foi fazendo eco nas bancadas. Fechou a corrida o nº288 de ER. O novilho era pequenote e andarilho. Apesar de ter alguma dificuldade em se fixar, foi dando uma boa réplica ao longo da contenda. O mais novo do clã Pamplona andou esforçado e correcto nas cravagens. Uma lide agradável mas com menos emoção do que a anterior.

Nas pegas foram solistas, por ordem de actuação: Décio Dias (GFATTT), sem dificuldade, à primeira tentativa aproveitou bem a viagem recta do novilho. Michael Machado (GFARG) numa grande pega ao primeiro intento, mostrou vontade de lá ficar. Tomás Ortins (GFATTT) esteve poderoso ao pegar de forma espectacular ao primeiro intento, aguentando violentos derrotes por alto. Luís Valadão (GFARG) após uma primeira tentativa em que não se consegue fechar de forma correcta, pegou à segunda sem dificuldades.  João Ângelo (GFATTT) pegou à segunda tentativa sem dificuldades, sendo bem ajudado pelo grupo. Milton Silva (GFARG), em noite de estreia, fechou-se na cara do novilho sem problemas.

Encerrou-se assim mais uma jornada taurina, mas acima de tudo um grande momento de solidariedade. Dirigiu o espectáculo Carlos João Ávila, assessorado pelo Dr. José Paulo Lima. Abrilhantou, e bem, a banda da Sociedade Recreio da Terra-Chã.

Bruno Bettencourt

Festival de Beneficência - Fotos










































  



























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